12.12.2012

Módulo 4 Unidade 1

 

Conceitos :

Demografia: ciência que estuda e descreve a(s) população(ões) quanto ao número, estado físico, intelectual e moral, movimentos gerais, composição, comportamentos específicos e sua evolução, num determinado período ou lugar. Em sentido lato, pode definir-se como "a história natural e social da espécie humana" (A. Guillard).


Taxa de Natalidade: número de nascimentos ocorridos no espaço de um ano, em cada mil habitantes de uma dada população.


Taxa de Mortalidade: número de mortes verificadas anualmente em cada mil habitantes de uma determinada região ou país.


Esperança de vida: duração média da vida humana (em anos), numa dada sociedade e num dado período de tempo.



Crise demográfica: momento da evolução demográfica de uma população que se caracteriza por um aumento rápido e anormal da mortalidade, seguido de uma redução coletiva dos casamentos e das conceções, não havendo reposição demográfica. Em épocas passadas eram originadas, geralmente, por crises de subsistência (fomes), associadas ou não a pestes e guerras.



Guerra dos 30 Anos: guerra de origens e motivações político-religiosas, que envolveu vários países da Europa no século XVII (1618-1648).


Pirâmide das Idades: representação gráfica da repartição da população segundo a idade e o sexo.

5.29.2012

Conceitos do Módulo 3 Unidade 4

Heresia: doutrina que contradiz ou interpreta diferentemente as verdades doutrinárias da Igreja Católica.

Reforma: movimento religioso do século XVI, iniciado por Lutero, que se traduziu na contestação à autoridade do Papa de Roma e na reformulação de certos dogmas e princípios doutrinais e de culto do Cristianismo, dando origem a novas igrejas.

Sacramento: sinal sensível instituído por Deus para dar ao Homem a sua graça ou aumentá-la.

Rito: conjunto de cerimónias prescritas para a celebração de um culto.

Dogma: ponto fundamental de uma doutrina; verdade religiosa instituída por decisão de um concílio e tornada irrefutável.

Predestinação: doutrina que acredita que a "salvação das almas" depende do desígnio (=vontade) de Deus, estabelecendo ainda antes do seu nascimento.

Concílio: assembleia de prelados com vista à delibração sobre assuntos da Igreja, dogmáticos, doutrinários ou disciplinares.

Catecismo: livro de instrução religiosa no qual, através de perguntas e respostas, se ensinam os princípios da Fé cristã.

Seminário: estebelecimento escolar onde se formam os padres da Igreja Católica.

Proselitismo: ação de propaganda ideológica destinada a cativar novos adeptos para uma religião ou doutrina.

Missionação: ato de converter pessoas a uma religião ou doutrina; pregar, catequizar.

Índex: catálogo dos livros e de outras publicações, cuja leitura era proibida pela Igreja Católica.

Inquisição: tribunal fundado pelo Papado, no século XIII, com o objetivo de investigar e julgar os que não aceitavam as doutrinas da Igreja (hereges). No século XVI, a Inquisição foi restaurada para julgar e condenar os adeptos do Protestantismo. Em Portugal, as vítimas da Inquisição foram, sobretudo, os cristãos-novos.

Conceitos do Módulo 3 Unidade 3

Intelectual: pessoa de cultura e de gosto pelas coisas do intelecto, isto é, da inteligência.

Civilidade: conjunto de regras de comprtamento social que o indivíduo deve respeitar na vida pública ou cívica. Regras de convivência social.

Humanista: homem de saber e cultura (gerelmente eclesiástico ou professor) do século XVI que se inspira na cultura da Antiguidade Clássica, que reinterpreta à luz da Razão e do espírito crítico do seu tempo.

Antropocentrismo: conceção filosófica e pragmática que coloca o Homem no centro do universo, considerando-o a ser mais perfeito da Criação, capaz de criar e transformar as coisas.

Individualismo: corrente doutrinal e prática que defende, para cada homem, a concretização das potencialidades e características próprias e sobrevaloriza o papel do indivíduo na evolução das sociedades e da História. 
Utopia: etimologicamente, deriva do grego e significa "em lugar nenhum". Na obra com o título-Utopia-, Thomas More descreve uma sociedade que vive numa ilha imaginária e que pusera em prática um Estado ideal, de inspiração humanista.

Classicismo: movimento cultural, literário e artístico, que se inspira diretamente nos modelos e valores da Antiguidade Clássica, grega e romana. Desenvolveu-se na Europa nos séculos XV e XVI.

Modulado: diz-se da arquitetura que aplica um módulo, ou seja, uma medida-padrão, para criar proporções harmoniosas entre todas as partes de uma construção.

Perspetiva: processo ou técnica para conseguir a representação de espaços e corpos tridimensionais numa superfície plana.

Naturalismo: teoria filosófica e estética que defendeu a imitação da Natureza.

Plateresco: estilo deorativo que se desenvolveu em Espanha no mesmo período do manuelino em Portugal e que se caracteriza pelo elaborado e permenorizado trabalho da pedra, à maneira dos ourives da prata.

Manuelino: estilo arquitetónico de decoração que se desenvolveu em Protugal entre finais do século XV e meados do século XVI, caracterizado por uma gramática decorativa de inspiração marinha e vegetalista, misturada com motivos de heláldica régia e símbolos da exaltação do poder português.

Conceitos do Módulo 3 Unidade 2

Navegação astronómica: técnica de orientação em mar alto, que utiliza como referência a medição da altura dos astros no firmamento (de dia, as declnações solares; de noite, as das estrelas mais visíveis, como a Estrela Polar no hemisfério norte e o Cruzeiro do Sul, no hemisfério sul).

Cartografia: ciência (e arte) de fazer mapas; representação gráfica, bidimensionale convensional de toda ou de parte da superfície da Terra, anotando contornos e relevos.

Experiencialismo: processo de conhecimento que valoriza as experiências vividas (conhecimento empírico) e as regras do bom senso, sobre a reflexão e a racionalização puramente teóricas.

Mentalidade quantitativa: forma de pensar e de agir influenciada pela ideia da quantidade e do número. Aparece ligada ao desenvolvimento comercial e científico de finais da Idade Média europeia.

Revolução coperniciana: alteração das coneções cosmológicas dos Europeus a partir das teses de Copérnico, que defendiam uma conceção cosmológica heliocêntrica, e não geocêntrica como afirmava a cosmografia de Ptolomeu, tradicionalmente aceite.

Conceitos do Módulo 3 Unidade 1

Renascimento: movimento cultural e artístico que ocorreu na Europa durante os séculos XV e XVI, e que teve a sua principal fonte de inspiração no mundo clássico, greco-romano, e nos movimentos de expansão geográfica e comercial dos finais da Idade Média ocidental. Caraterizou-se pela crença no valor do Homem e na sua racionalidade; por uma filosofia humanistica e pragmática; pela adoção de novos cânones estéticos e artísticos; pela mentalidade quantitativa e pela curiosidade acerca da Natureza e das ciências.

Humanismo: movimento cultural que surgiu em Itália no século XV e se espalhou por toda a Europa. Produziu-se durante o Renascimento, entre os intelecuais, por reação contra o pensamento medieval e escolástico, e por um regresso às fontes de inspiração da Antiguidade Clássica. Este movimento constitiu fundamentalmente na redescoberta, reinterpretação e edição dos escritores clássicos, gregos e latinos, e na valorização do Homem e da sua personalidade.

Escolástica: sistema filosófico, em vigor a partir de S. Tomás de Aquino(1224-1274), que procurava adaptar a filosofia aristotélica ao dogma cristão, de modo a harmonizar a Razão e a Fé.

Racionalismo: doutrina que afirma a primazia da Razão como fonte de acesso ao conhecimento e à verdade.

Individualismo: corrente doutrinal e prática que sobrevaloriza o indivíduo e o seu papel na construção das sociedades e da História.

3.15.2012

Universidade de coimbra

Conceitos da Unidade 3 (2º periodo)


Época Medieval: uma das épocas em que tradicionalmente
se divide a História. Tem a duração de cerca de 1000 anos, sendo, normalmente,
tomados como limites a destituição do último imperador romano do Ocidente, em
476, e a conquista de Constantinopla pelos Turcos, em 1453. Embora num período
tão longo as mutações históricas tenham sido muitas, a Idade Média
identifica-se, geralmente, com a sociedade senhorial e vassálica que se formou,
no Ocidente, após o século IX e tem como principal emblema o castelo.
Arte Gotica: estilo artístico nascido no Norte de França, que se expandiu pela
Europa entre os séculos XII a XV, e se ligou principalmente à construção de
catedrais. Caracteriza-se pelo arco ogival como elemento estrutural e decorativo
e por uma estética simultaneamente religiosa e natturalista, assente na
verticalidade e na luminosidade.
Confrari: associação voluntária de paroquianos, com fins religiosos (culto a um
santo patrono) e de entreajuda e caridade mútuas.
Corporação: associação de pessoas que exercem a mesma profissão, para defenderem
os seus interresses. Além da proteção dos seus membros, visavam a formação
profissional e a qualidade do trabalho e evitavam a concorrência mútua,
tabelando preços e salários.
Universidade: etimologicamente deriva de Studium Universale ou Universitas.
Escolas de ensino superior fundadas na Idade Média, que podiam ser frequentadas
por todos os estudantes que o desejassem, leigos e clérigos, nacionais e
estrangeiros. Organizavam-se em corporações (de mestres ou de alunos) e
dividiam-se em faculdades.
Cultura erudita: conhecimento letrado adquirido por estudo e reflexão dostextos,
sobretudo dos autores clássicos (Platão, Aristóteles...), mas também dos Árabes
e da Igreja Cristã.

Cultura popular: conjunto de manifestações culturais
desenvolvidas entre as classes populares. Na época em estudos, os seus centros
difusores foram as festas e romarias e os seus principais agentes os jograis.


Castelo de palmela


Unidade 2 (2º periodo)

Reconquista: a reconquista foi um processo de ocupação do território, marcado por
avanços e recuos, que se desenvolveu na Península Ibérica, do século VIII ao
século XV. No início, as investidas pelos guerreiros cristãos tiveram como
finalidade a ocupação de territórios e a captação de bens da civilização urbana
e mercantil. A partir dos finais do século IX foi guiada pela ideia de que os
monarcas cristãos das Astúrias eram os descendentes e herdeiros dos reis
visigodos, que passavam a recuperar, pela Reconquista, os territórios que
legitimamente lhes pertenciam. Nos séculos XII e XIII, a guerra de Reconquista é
reconhecida pelo papado como guerra de Cruzada. Inseria-se na luta da
cristandade contra o Islão, obtendo os guerreiros peninsulares o auxílio dos
cruzados que se dirigiam para oriente e as indulgências inerentes à Cruzada.
Conselho (concello, concejo ou concilium): termo usado em toda a
Península Ibérica para designar o conjunto dos moradores de uma área que gozava,
perante os senhores ou o soberano, de uma situação mais ou menos autónoma,
possuindo magistrados e administração própria.
Carta de Foral: documento escrito que reconhecia ou criava o conselho.
Geralmente era amitido pelo rei, mas também podia ser emitido por senhores, nobres ou eclesiásticos que pretendiam atrair povoadores aos seus senhorios, o que era mais frequente nas
zonas rurais. As comunidades rurais tinham menos direitos e privilégios e os
seus forais, por vezes, pouco mais estabeleciam que os tributos devidos ao rei
ou ao senhor, pelo que eram as vilas e cidades onde se exerciam com maior
independência os poderes concelhios.
Mesteiral: os mesteirais estavam encarregados da produção artesanal.
Eram alfaiates, sapateiros, ferreiros,
pedreiros, tanoeiros, carpiteiros, preparadores de pele... Também os pescadores
e os almocreves pertenciam a esta categoria social. Em Portugal, sobretudo
durante o século XIII, muitas das atividades artesanais eram asseguradas por
minorias étnicas. Foram sobretudo os Mouros que, depois de terminada a
Reconquista, asseguraram os trabalhos em couro, cerâmica e ourivesaria. Por
isso, os mesteirais, muitas vezes, não eram homens livres, pertencendo à
categoria dos dependentes ou dos escravos, e a organização dos mesteirais como
grupo social foi tardia.
Imunidade: privilégio daquele ou daqueles que são
isentos. Inicialmente restrita ao domínio fiscal, a imunidade alargou-se depois
a outros direitos, como o de não responder perante a justiça comum, ou de não
receber os juízes e outros funcionários do poder central nos seus domínios, o
que naturalmente implicou autorização para a criação de tribunais e serviços
administrativos privados, bem como o aparecimento de exércitos pessoais.
Vassalidade: vínculo de dependência pessoal, privada e
recíproca, que une um vassalo (homem livre de linhagem inferior) a um poderoso
que, por sua vez, se torna seu senhor. Esse vínculo efetiva-se através do
contrato vassálico ou de vassalagem.
Monaequia Feudal: organização dos poderes nos reinos europeus até inícios do
século XIII, em que o rei exerce o
seu poder como suserano dos suseranos, não se distinguindo a autoridadepolítica
ou pública do poder e autoridade privados.
Cúria: órgão que assessorava o
monarca no exercício de funções governativas e de administração. No início da
monarquia era composta pela família real e representantes dos estratos
privilegiados: ricos-homens, prelados, clérigos... Com o processo centralizador,
a governação apoia-se crescentemente na escrita e no saber jurídico; integram
então a cúria alguns titulares que tinham a confiança do rei e preparação
técnica para o exercício de determinadas funções.
Cortes Parlamentos: reuniões extraordinários e alargadas da Cúria
ou Conselho Régio. Nelas, o rei reunia com os representantes das ordens sociais
(a nobreza e o clero), ligadas ao rei por obrigação de conselho (dever
vassálico). A partir do século XIII (1254) participaram igualmente os
representantes populares eleitos pelos conselhos. Eram convocadas pelo rei, para
que este recolhesse os pareceres sobre determinadas questões de carácter coletivo.
Inquirições: inquéritos levados a cabo por oficiais públicos e
outras pessoas de confiança, enviados pelos reis às várias regiões do país, a
fim de averiguarem, judicialmente, a natureza das diversas propriedades, dos
direitos senhoriais e dos padroados das igrejas e mosteiros.
Legista: jurisconsulto que, na Idade Média, estudava o direito
romano e defendia o princípio superior do interesse público, de que o rei era o
representante, como forma de fortalecimento do poderreal. Em Portugal
destacou-se Julião Pais, que terá estudado em Bolonha e aí tomado contacto com
as novas teorias jurídico-políticas. A sua ação foi continuada pelo discípulo
Gonçalo Mendes, coadjuvado por outros juristas, como mestre Vicente (conhecido
ne Europa como Vicente Hispano), que tinham estudado e ensinado em Bolonha.

Senhorio:

Conceitos da Unidade 1 (2º periodo)

Reino: estado ou nação cujo chefe político é o rei. Na época medieval, os reinos
eram unidades territoriais, sob a chefia de um rei, que agregavam pequenas unidades regionais.
Senhorio:circunscrição jurídica, fiscal e administrativa na qual um senhor, nobre ou eclesiástico, exerce o poder banal sobre todos os homens (livres ou servos) aí residentes.
Comuna:associação de habitantes que obteve o direito de se administrar livremente. É dirigida por um conselho municipal eleito pelos burgueses. A carta de liberdade e de privilégios, carta comunal, é o estatuto jurídico da comuna que consagra a forma de organização coletiva.
Papado:dignidade do Papa.Os bispos de Roma, considerando-se sucessores de S. Pedro, reivindicaram desde muito cedo o governo da Igreja. Em 1049, o Concílio do Reims, presidido pelo papa Leão IX, declarou o bispo de Roma primaz apostólico da Igreja universal. Com a luta pela emancipação em relação ao poder imperial,o papado tornou-se uma potência religiosa, moral e política.
Igreja Ortodoxa Grega:designação das igrejas orientais, separadas de Roma desde 1054. Mantên-se fiéis à doutrina da Igreja definida pelos sete concílios que se realizam em Niceia, entre 325 e 787.
Islão: civilização inspirada na religião islâmica ou muçulmana.
Burguesia: etimologicamente, significou, num primeiro momento,os habitantes dos burgos; posteriormente, o grupo social cujos menbros se dedicavam ao artesanato e ao comércio, atividades representativas das cidades; por fim, incluiu igualmente os legistas, as profissões liberais e o funcionalismo.
Economia monetária: sistema económico em que toda a produção é excedentária e se destina ao mercado, tornando as trocas (atividade comercial) essenciais e indispensáveis. Neste tipo de economia, a moeda representa papel fundamental como instrumento facilitador das trocas.

11.20.2011

Conceitos Unidade 3

Civilização: Conjunto de instituições, técnicas, saberes, costumes, creças, etc., que caracterizam uma sociedade ou um grupo de sociedades determinadas.

Igreja Romano-Cristã: Termo que designa o Cristianismo e suas hierarquiais sacerdotais, após a sua ascensão a igrja oficial do Estado imperial Romano.

Época Clássica: Período da Antiguidade que corresponde aos séculos de nascimento e desenvolvimento das civilizações grega e romana. Cronologicamente, estende-se do início do 1º milénio a.C. até 476 d.C., data da queda do Império Romano do Ocidente.

Conceitos Unidade 2

Império: Conjunto de diversos territórios, com diferentes nações e culturas, geralmente adquiridos por conquista que estão suburdinados à autoridade de um único governo(Estado), o qual exerce o domínio político e a exploraçao económico.

Magistrturas: Cargos superiores de funcionalismo público e do exército nos quais era delegado algum poder do estado(potestas ou imperium).

Direito: Conjunto de leis e de normas jurídicas que governam um povo ou estado e que regulam as relações sociais. O comportamento da lei é garantido pela ação coersiva do estado, o que distingue estas normas das morais, religiosas e sociais.

Municipio: Cidade do Império Romano, em Itália ou nas províncias, cuja organização admistrativa interna era semelhante à da capital do império-Roma.

Pragmatismo: Filosofia ou corrente de pensamento que valoriza o senso comum, ou juízo prático e objetivo, como orientação de vida.

Urbanismo: Estudo sistematizado da cidade que inclui o conjunto de medidas técnicas, admistrativas, económicas e sociais necessárias a sua planificação e desenvolvimento(ruas, praças, templos, aréas de lazer, abastecimento de água, rede de esgotos).

Fórum: Principal praça pública das cidades romanas, onde se encontravam os mais importantes templos e edifícios púplicos.

Romanização: Alto ou efeito de romanizar, isto é, adaptar aos costumes e cultura dos romanos.

Aculturação: Alto de assimilação de uma cultura por outra diferente, fenómeno resultante do contato direto e contínuo entre grupos de indivíduos de culturas diferentes.

Conceitos Unidade 1

Pólis: Conjunto de pessoas que vive em comunidade e se autoadministra. Também pode designar a própria cidade-estado.

Ágora: Praça pública das cidades gregas e parte essencial da pólis. Nela se concentravam as atividades sociais, económicas, religiosas e culturais; a sua função dominante era, porém, política, já que se tratava do espaço democrático por excelência.

Cidadão: Indivíduo que possui a cidadania, isto é, que usufrui de direitos civis e políticos. No período clássico, em Atenas, cidadãos eram apenas os homens livres, filhos de pai e mãe atenienses, inscritos nos demos da pólis.

Democracia Antiga: Ideologia e regime político surgido na Grécia Antiga em que a soberania é partilhada em situação de igualdade por todos os cidadãos homens, na primeira pessoa e não por delegação de poderes comonhoje acontece. A democracia grega excluía as mulheres, os escravos e os estrangeiros.

Meteco: Nome que designava o estrangeiro que residia em Atenas, ainda que este fosse natural de outra pólis grega. Os metecos possuíam direitoos civis, pagavam impostos e prestavam serviço militar, mas não usufruíram de direitos políticos e não podiam ter bens imóveis, nem casar com atenienses.

Escravo: Homem não-livre, sem personalidade política nem jurídica. Os escravos podiam ser propriedade pública ou privada e exerciam toda a espécie de serviços braçais e mesmo intelectuais(muitos foram pedagogos, músicos e poetas).

Ordem Arquitetónica: Conjunto de regras técnicas e estéticas que definem as formas e as proporções dos elementos construtivos.

Conceitos

Ciências Sociais: Conjunto de ciências como a História, a Sociologia, a Antropologia, o Direito, a Economia e outras, cujo obejeto de estudo são os diferentes aspetos das sociedades humanas.

Nova História: Conceção da História, surgida a partir da revista Annales(1929), que é a primeira tentativa de História total, através da valorizaçao de novos objetos, como as mentalidades, os marginais, a família, a morte, o presente... A História Nova assenta no novo conceito de documento(tudo o que diz respeito aos seres humanos), no alargamento dos âmbitos cronológico e geográfico, no recurso a novas metodologias e na interdisciplinarias.

Cronologia: Ciência que trata da fixação das datas de ocorrência defactos históricos, das divisões do tempo, da ordem e sucessão dos acontecimentos. A cronologia assenta em convenções e regras próprias.

Periodização: Na História tradicional, refere-se à divisão do tempo histórico em períodos mais ou menos longos, transcorridos entre duas datas ou factos marcantes. Na História Nova, as periodizações são feitas a partir de critérios como: as formas de vida, as tecnologias, as mentalidades, a organização política, económica, social...

Diacronia: Eixo coordenador do tempo que se refere ao desenvolvimento ou sucessão de acontecimentos.

Sincronia: Eixo coordenador do tempo que se refere às simultaneidades de factos ou fenómenos históricos.

Efeito: Resultado ou consequência de um facto ou acontecimento.

Património: Conjunto de bens materiais e culturais transmitidos pelos antepassados. O património deve ser preservado e valorizado pelo Estado e pelos cidadãos, pois constitui uma herança coletiva, nacional e da Humanidade.

Fontes Históricas: Vestígios do passado que são evidências das atividades, das ideias e das cnças dos seres humanos de outras épocas, possibilitando aos historiadores construir o conhecimento sobre a Humanidade nessas épocas.

1.10.2011

José Stalin



Pode dizer-se que se tinha iniciado a sua lenta ascensão até ao cume do poder. Durante a revolução de 1917, Estaline não teve qualquer papel protagonista. Na polémica entre Lenine, partidário da acção revolucionária insurreccionista, e Zinoviev e Kamenev, opositores do insurreccionismo, Estaline decidiu-se por Lenine e chegou a fazer parte de um centro bolchevique de acção, que se juntou ao Comité Revolucionário presidido por Trotsky, criador do Exército Vermelho. A vitória bolchevique que valeu a Estaline ser nomeado comissário de nacionalidades, posto em que esteve cinco anos. A conduta de Estaline revela-se confusa durante a guerra civil que se seguiu à revolução bolchevique, se bem que o próprio Trotsky reconheça ter sido um soldado valente. Mas em Abril de 1922 dá um passo decisivo na sua carreira, já que no XI Congresso, o último presidido por Lenine, Estaline foi nomeado secretário-geral do partido. Não foi Estaline, mas Lenine, quem, contrariando os princípios da democracia socialista, fez bolchevique um partido único de sinal totalitário, sem qualquer liberdade de expressão e sem pluralismo partidário da classe trabalhadora. Este foi o aparelho herdado e não criado por Estaline no momento de entrar na luta para a sucessão de Lenine, quando este morreu em Janeiro de 1924. Apesar de ser essencialmente um político, Estaline escreveu o suficiente para encher 13 volumes com os seus discursos, informações, cartas, etc. Mesmo de forma teórica, abordou o leninismo, que definiu como a união do ímpeto russo com o activismo americano. Estaline defendeu a sua candidatura à sucessão de Lenine, apesar de ter sido deserdado pelo próprio Lenine. A confiança inicial que o levara a nomeá-lo secretário-geral do partido em 1922 tinha desaparecido. Por isso aconselhou no seu testamento que Estaline fosse substituído no secretariado geral porque, segundo as suas palavras, era um homem rude e com tendência a abusar do poder. Conhecia-o bem. Apesar de tudo, a estratégia para suceder a Lenine foi uma peça mestra e conspiração política. Com Lenine ainda vivo, em 1923, Estaline formou com Zinoviev e Kamenev, outros dois candidatos, um tiunvirato para destituir o herdeiro in pectore, Leon Trotsky. Pouco depois de morrer Lenine, Estaline minimizou o internacionalismo daquele a favor do socialismo de um país, e em 1925 afastou Trotsky da sucessão

António de Oliveira Salazar


Estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde, em 1917, iniciou a carreira de professor universitário. Em 1921 foi eleito deputado pelo Centro Católico. Depois de apenas um dia no Parlamento, renunciou ao mandato. Em conferências e na imprensa, advogou uma renovação de objetivos e de processos de governo. Após a revolução de 28 de maio de 1926, acabou por aceitar, em 1928, a pasta das Finanças, depois de os militares terem concordado com as suas condições de o ministro das Finanças ser o único a poder autorizar despesas. Em maio de 1928, publicou a reforma orçamental: o ano econômico de 1928-1929 registrou saldo positivo, o que veio a contribuir para seu prestígio junto à ditadura militar. Em apenas dois anos de administração, tornou-se o homem-chave do regime. Em 1932, chegou a presidente do Conselho, cargo em que se manteria até o derrame cerebral que encerrou sua atividade pública, em 1968. Em 1933, fez aprovar em plebiscito uma nova Constituição que consagrava o Estado autoritário e corporativo, com a recusa da luta de classes, do individualismo liberal, do socialismo e do parlamentarismo. Por outro lado, em relação ao império ultramarino, adotou o princípio da unidade territorial pluricontinental, que o levaria a recusar qualquer solução de tipo federativo ou de caráter evolutivo. Depois do surto de descolonização dos anos de 1960, quando deixou de contar com a solidariedade internacional, já em plena guerra, sustentou o princípio da inegociabilidade política com os movimentos de luta armada que se desenvolveram sobretudo em Angola, Moçambique e na Guiné. O declínio político de Salazar acelerou-se rapidamente a partir de 1961 e coincide com o alastramento da guerra, a drenagem dos fundos públicos para o esforço bélico (cerca de 45% do Orçamento Geral do Estado) e o surto de emigração, em direção, sobretudo, à França e à Alemanha, além de um crescimento capitalista de controle muito mais difícil. O essencial de seu pensamento está consagrado nos Discursos e Notas Políticas (1935-1967, em seis volumes), escritos num estilo de alto recorte literário, pausado e persuasivo.

Francisco Franco


Conservador ferrenho, Francisco Franco não era nem um pouco simpático. Até seu aliado, o nazista Adolf Hitler, disse uma vez que um encontro com ele era mais desagradável do que ter quatro ou cinco dentes arrancados.

Oficial de infantaria, Franco se destacou em campanhas na África, onde se destacou pela frieza em combate. Em 1923, no Marrocos, com o posto de tenente-coronel, assumiu o comando da Legião. E, aos 34 anos, foi promovido a general de brigada. Entre 1928 e 1931, dirigiu a Academia Militar de Saragoça.

Com a criação da República Espanhola, em 1931, foi afastado de cargos de responsabilidade. Mas, em 1933, a eleição de um governo de direita o recolocou em altos cargos do exército. Foi o mentor da brutal repressão à Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião e, no ano seguinte, foi nomeado chefe do Estado-Maior Central. Em 1936, o governo da Frente Popular o enviou para as Ilhas Canárias.

Nas eleições desse ano na Espanha, os partidos de esquerda que formavam a Frente Popular saíram vitoriosos. Opositores de direita, com articulação e liderança de Franco, executaram um golpe de Estado, com apoio de diversas regiões do país. A maioria das grandes cidades e regiões industriais, por sua vez, permaneceu fiel ao governo republicano de esquerda. Com o país dividido, iniciou-se a Guerra Civil Espanhola.

Os golpistas passaram a receber ajuda da Itália fascista e da Alemanha nazista que, assim, transformaram a Espanha num local de teste para seus novos armamentos. O início da participação nazista na Guerra Civil Espanhola ocorreu em Guernica, capital da província basca, uma pequena cidade considerada símbolo da liberdade desse povo.

Numa segunda-feira, 26 de abril de 1937, a cidade foi bombardeada pelos aviões alemães da Legião Condor, colocada à disposição das forças de Franco. O ataque nazista provocou a destruição total de Guernica.

Naquele mesmo mês, Franco uniu os partidos de direita e, em janeiro de 1938, se tornou chefe de Estado e do governo. O ditador eliminou toda a resistência militar a seu governo em 1939, porém, prosseguiu com a repressão, a tortura e os fuzilamentos.

O franquismo foi um sistema político repressivo e autoritário. Até livros foram queimados. Todos os partidos políticos e reuniões (de palestras a passeatas) eram proibidos. Franco manteve-se neutro na Segunda Guerra Mundial, embora próximo dos governos nazifascistas da Alemanha e da Itália.

Apesar de isolado pela vitória dos Aliados, consolidou seu poder no país. Devido à Guerra Fria, estabeleceu relações diplomáticas com os Estados Unidos e seu governo foi reconhecido pelas Nações Unidas em 1955. Em 1966, Franco criou a Lei Orgânica do Estado (Constituição), na qual previa a volta da Monarquia. O príncipe Juan Carlos subiu ao trono após a morte do ditador, em 1975, e a Espanha foi reconduzida à democracia.

Adolf Hitler


Adolf Hilter, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.

Depois da desmobilizaçãodo exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista).

Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil em uma Alemanha humilhada pela derrota.

Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manisfesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.

Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).

Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.

O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial.

Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.

Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.

Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.

Benito mussolini


O líder ("Duce") do fascismo italiano iniciou sua carreira política no Partido Socialista Italiano (PSI), em 1900. Durante alguns anos, foi professor na Suíça (1902-1904) e funcionário do partido em Trento, na época território austríaco. Mussolini fundou em 1909 a revista Lotta di Classe, antes de se tornar chefe de redação do Avanti!, entre 1912 e 1914, órgão de propaganda do Partido Socialista. Foi também o porta-voz da ala esquerdista do partido. Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, em que defendeu a participação da Itália no conflito com a Áustria, Mussolini afastou-se do PSI. Em 1914, fundou o diário Popolo d'Italia, destinado à propagação da ideologia socialista. Mais tarde, faria desse jornal o órgão oficial do fascismo. Foi então expulso do PSI. Depois de sua participação na Primeira Guerra Mundial, constituiu em Milão o primeiro Fasci di combattimento (Feixes de combate), núcleo do futuro movimento fascista. O seu sinal distintivo era o "fasces" do Império Romano (símbolo do poder dos cônsules da Antiguidade). Em 1921, fundou o Partito Nazionale Fascista (PNF), a partir das associações fascistas que atuavam contra as organizações de trabalhadores. Com a "Marcha sobre Roma" (28-10-1922), conseguiu ser nomeado chefe de governo pelo rei Vítor Manuel II. Anos depois, construiria o primeiro Estado fascista na Europa. Por meio de uma política autoritária de ordem pública e do fortalecimento da economia italiana, debilitada pela guerra, Mussolini viu sua popularidade estender-se a um amplo setor da população no final da década de 1920. Depois do assassinato do líder da oposição Giacomo Matteoti por militantes fascistas, impôs um golpe de estado, em 1925. Legalizada a nova situação em 1926, governou com poderes ditatoriais, eliminando seus adversários políticos e criando um sistema de partido único baseado no corporativismo. Seu grande sucesso na política interna foi a reconciliação com o papa Pio XII, depois da assinatura dos acordos de Latrão. A erradicação do desemprego, a secagem de terrenos pantanosos e a repressão à resistência na Tripolitânia fortaleceram a posição política de Mussolini, que se destacava por sua retórica contundente. A conquista da Etiópia em 1935-1936 representou uma reviravolta na política externa italiana. Convencido, até então, da necessidade de efetuar o rearmamento alemão, o "Duce" iniciou uma aproximação com a Alemanha ao constatar a tímida reação das potências ocidentais. A participação conjunta com os alemães na Guerra Civil Espanhola de 1936 a 1939, a fundação do eixo Roma–Berlim em 1936 e a assinatura do Pacto de Aço em 1939 conduziram Mussolini a uma posição de submissão a Hitler. Em setembro de 1938, ainda conseguiu evitar a eclosão da guerra com sua mediação no Pacto de Munique, mas em 1939 as suas tentativas para manter a paz fracassaram. Com a entrada da Itália na Segunda Guerra Mundial, em junho de 1940, Mussolini assumiu pessoalmente o comando das tropas italianas. Depois das derrotas na Grécia e na África (perda da Etiópia em 1941 e da Líbia em 1942) e do desembarque dos Aliados na Sicília em 1943, o conselho fascista retirou-lhe o apoio e foi preso por ordem do rei. Foi ainda libertado por pára-quedistas alemães de sua prisão no Gran Sasso, fundando no norte da Itália a República Soziale Italiana (República de Saló), sob o domínio de Hitler. Mas deu-se a ruptura na frente de combate alemã e o antigo "Duce" foi capturado, mesmo antes do fim da guerra, pelos partisans italianos, quando tentava fugir com sua amante, Claretta Petacci. Foi sumariamente fuzilado.