12.09.2010

Cubismo


Cubismo é um movimento artístico que ocorreu entre 1907 e 1914, nas artes plásticas, tendo como principais fundadores Pablo Picasso e Georges Braque e tendo se expandido para a literatura e a poesia pela influência de escritores como Guillaume Apollinaire, John dos Passos e Vladimir Maiakovski. O quadro "Les demoiselles d'Avignon", de Picasso, 1907 é conhecido como marco inicial do Cubismo. Nele ficam evidentes as referências a máscaras africanas, que inspiraram a fase inicial do cubismo, juntamente com a obra de Paul Cézanne.

O Cubismo tratava as formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando todas as partes de um objeto no mesmo plano. A representação do mundo passava a não ter nenhum compromisso com a aparência real das coisas.

O movimento cubista evoluiu constantemente em três fases:

Fase cezannista ou cezaniana entre 1907 e 1909 -
Fase analítica ou hermética entre 1909 a 1912 - que se caracterizava pela desestruturação da obra, pela decomposição de suas partes constitutivas;
Fase sintética (contendo a experimentação das colagens) - foi uma reação ao cubismo analítico, que tentava tornar as figuras novamente reconhecíveis, como colando pequenos pedaços de jornal e letras.

Marcel Duchamp




Após "O grande vidro", Duchamp dedicou-se aos mecanismos ópticos - que chamou de "rotorrelevos". Em 1941 executa uma "caixa-maleta", contendo modelos reduzidos de suas obras, e, em 1943, a "Caixa verde", contendo fotos, desenhos, cálculos e notas.

A partir de 1957 vive em Nova York, dedicando-se à sua paixão pelo jogo de xadrez. Seu silêncio parece uma redução da capacidade inventiva, mas após sua morte descobre-se que o artista estivera trabalhando secretamente na construção de um "ambiente": um quarto fechado onde repousa uma figura em cera, cercada de vegetações. O ambiente só pode ser visto, por determinação do artista, por um orifício da porta.

A obra de Duchamp, reduzidíssima, foi menos obra do que uma atitude, um gesto crítico radical, mas em muitas declarações o artista recusou-se a ser visto como um destruidor. A atitude crítica de Duchamp ainda repercute, tantos anos depois de suas criações radicais.

Na opinião de Giulio Carlo Argan, "talvez a obra de Duchamp alquímica por excelência seja toda a sua vida, que serve de modelo para todas as novas vanguardas do segundo pós-guerra, do 'New Dada' às experiências de recuperação do corpo como expressão artística, na intenção de fazer coincidir arte e vida".

Dadaísmo

O dadaísmo surgiu no ano de 1916, por iniciativa de um grupo de artistas que, descrentes de uma sociedade que consideravam responsável pelos estragos da Primeira Guerra Mundial, decidiram romper deliberadamente com todos os valores e princípios estabelecidos por ela anteriormente, inclusive os artísticos. A própria palavra dadá não tem outro significado senão a própria falta de significado, sendo um exemplo da essência desse movimento iconoclasta.

O principal foco de difusão desta nova corrente artística foi o Café Voltaire, fundado na cidade de Zurique pelo poeta Hugo Ball e ao qual se uniram os artistas Hans Arp e Marcel Janco e o poeta romeno Tristan Tzara. Suas atuações provocativas e a publicação de inúmeros manifestos fizeram que o dadaísmo logo ficasse conhecido em toda a Europa, obtendo a adesão de artistas como Marcel Duchamp, ou Francis Picabia.

Não se deve estranhar o fato de artistas plásticos e poetas trabalharem juntos - o dadaísmo propunha a atuação interdisciplinar como única maneira possível de renovar a linguagem criativa. Dessa forma, todos podiam ter vivência de vários campos ao mesmo tempo, trocando técnicas ou combinando-as. Nihilistas, irracionais e, às vezes, subversivos, os dadaístas não romperam somente com as formas da arte, mas também com o conceito da própria arte.

Não são questionados apenas os princípios estéticos, como fizeram expressionistas ou cubistas, mas o próprio núcleo da questão artística.Negando toda possibilidade de autoridade crítica ou acadêmica, consideram válida qualquer expressão humana, inclusive a involuntária, elevando-a à categoria de obra de arte.Efêmera, mas eficaz, a arte dadaísta preparou o terreno para movimentos vanguardistas tão importantes como o surrealismo e a arte pop, entre outros.

Henri-Émile-Benoît Matisse

(Le Cateau-Cambrésis, 31 de dezembro de 1869 — Cimiez, 3 de novembro de 1954) foi um artista francês, conhecido por seu uso da cor e sua arte de desenhar fluida e original. Foi um desenhista, gravurista e escultor, mas é principalmente conhecido como um pintor. Matisse é considerado, juntamente com Picasso e Marcel Duchamp, como um dos três artistas seminais do século XX, responsável por uma evolução significativa na pintura e na escultura.[1][2][3] Embora fosse inicialmente rotulado de fauvista (besta selvagem), na década de 1920, ele foi cada vez mais aclamado como um defensor da tradição clássica na pintura francesa.[4] Seu domínio da linguagem expressiva da cor e do desenho, exibido em um conjunto de obras ao longo de mais de meio século, valeram-lhe o reconhecimento como uma figura de liderança na arte moderna.

Fauvismo

Esta corrente, Fauvismo, constituiu a primeira vaga de assalto da arte moderna propriamente dita. Em 1905, em Paris, no Salon d’Automne, ao entrar na sala onde estavam expostas obras de autores pouco conhecidos, Henri Matisse, Georges Rouault, André Derain, Maurice de Vlaminck, entre outros, o crítico Louis de Vauxcelles julgou-se entre as feras (fauves).As telas que se encontravam na sala eram, de facto, estranhas, selvagens: uma exuberância da cor, aplicada aparentemente de forma arbitrária, tornava as obras chocantes. Caracteriza-se pela importância que é dada à cor pura, sendo a linha apenas um marco diferenciador de cada uma das formas apresentadas. A técnica consiste em fazer desaparecer o desenho sob violentos jactos de cor, de luz, de sol.

Características fundamentais

Primado da cor sobre as formas: a cor é vista como um meio de expressão íntimo;

Desenvolve-se em grandes manchas de cor que delimitam planos, onde a ilusão da terceira dimensão se perde;

A cor aparece pura, sem sombreados, fazendo salientar os contrastes, com pinceladas directas e emotivas;

Autonomiza-se do real, pois a arte deve reflectir a verdade inerente, que deve desenvencilhar-se da aparência exterior do objecto;

A temática não é relevante, não tendo qualquer conotação social, política ou outra.

Os planos de cor estão divididos, no rosto, por uma risca verde. Do lado esquerdo, a face amarela destaca-se mais do fundo vermelho, enquanto que a outra metade, mais rosada, se planifica e retrai para o nível do fundo em cor verde. Paralelos semelhantes podemos ainda encontrar na relação entre o vestido vermelho e as cores utilizadas no fundo.

A obra de arte nasce, por isso, autónoma em relação ao objecto que a motivou.dos temas mais característicos do autor, onde sobressaem os padrões decorativos.

A linguagem é plana, as cores são alegres, vivas e brilhantes, perfeitamente harmonizadas, não simulando profundidade, em total respeito pela bidimensionalidade da tela.

A cor é o elemento dominante de todo o rosto. Esta é aplicada de forma violenta, intuitiva, em pinceladas grossas, empastadas e espontâneas, emprestando ao conjunto uma rudeza e agressividade juvenis.

Estudo dos efeitos de diferentes luminosidades, anulando ou distinguindo efeitos de profundidade.

Paul Gauguin

Depois de passar a infância no Peru, Gauguin voltou com os pais para a França, mais precisamente para Orléans. Em 1887 entrou para a marinha e mais tarde trabalhou na bolsa de valores. Aos 35 anos tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boemia, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como a de seus amigos Van Gogh ou Cézanne. Apesar disso, é verdade que teve seguidores e que pode ser considerado o fundador do grupo Navis, que, mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida. Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo. As cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente.
No ano de 1891, o pintor parte para o Taiti, em busca de novos temas, para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas. Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel, voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominique. Obra Destacada: Jovens Taitianas com Flores de Manga.

Expressionismo

O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanhaentre 1905 e 1930.

Principais características:

* pesquisa no domínio psicológico;
* cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
* dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
* pasta grossa, martelada, áspera;
* técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
* preferência pelo patético, trágico e sombrio

Klimt

Gustav Klimt (Baumgarten, Viena, 14 de julho de 1862 — Viena, 6 de fevereiro de 1918) foi um pintor simbolista austríaco.

Em 1876 estudou desenho ornamental na Escola de Artes Decorativas. Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição académica nas artes, e do seu jornal, Ver Sacrum. Klimt foi também membro honorário das universidades de Munique e Viena. Os seus maiores trabalhos incluem pinturas, murais, esboços e outros objetos de arte, muitos dos quais estão em exposição na Galeria da Secessão de Viena.

Klimt foi o segundo dos sete filhos de Ernst Klimt (1832-1892), gravador de profissão, pertencente a uma família de agricultores da Boêmia, e de Anna (Flinster) Klimt (1836-1915), natural de Viena. Seus irmãos eram Klara (1860-1937), Ernst (1864-1892), Hermine (1865-1938), Georg (1867-1931), Anna (1869-1874) e Johanna (1873-1950).

12.06.2010

Arte Nova

Estilo artístico ornamental (também conhecido por Art Nouveau e Jugendstil, entre outros nomes) que surgiu na Europa e nos Estados Unidos da América entre cerca de 1860 e 1910. A estética da Arte Nova constitui uma tentativa de modernidade e de criar um estilo livre das imitações históricas que tinham caracterizado o século XIX. Afirma-se principalmente no campo decorativo, empregando curvas e contracurvas, excêntricas e assimétricas, e estilizações florais. É visível na arquitectura, no desenho de interiores, na joalharia, no desenho em vidro e na ilustração. Entre os seus principais cultores encontram-se William Morris, Antoni Gaudí, Charles Rennie Mackintosh, Henry Clemens van de Velde, Gustav Klimt e René Lalique.