1.10.2011

António de Oliveira Salazar


Estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde, em 1917, iniciou a carreira de professor universitário. Em 1921 foi eleito deputado pelo Centro Católico. Depois de apenas um dia no Parlamento, renunciou ao mandato. Em conferências e na imprensa, advogou uma renovação de objetivos e de processos de governo. Após a revolução de 28 de maio de 1926, acabou por aceitar, em 1928, a pasta das Finanças, depois de os militares terem concordado com as suas condições de o ministro das Finanças ser o único a poder autorizar despesas. Em maio de 1928, publicou a reforma orçamental: o ano econômico de 1928-1929 registrou saldo positivo, o que veio a contribuir para seu prestígio junto à ditadura militar. Em apenas dois anos de administração, tornou-se o homem-chave do regime. Em 1932, chegou a presidente do Conselho, cargo em que se manteria até o derrame cerebral que encerrou sua atividade pública, em 1968. Em 1933, fez aprovar em plebiscito uma nova Constituição que consagrava o Estado autoritário e corporativo, com a recusa da luta de classes, do individualismo liberal, do socialismo e do parlamentarismo. Por outro lado, em relação ao império ultramarino, adotou o princípio da unidade territorial pluricontinental, que o levaria a recusar qualquer solução de tipo federativo ou de caráter evolutivo. Depois do surto de descolonização dos anos de 1960, quando deixou de contar com a solidariedade internacional, já em plena guerra, sustentou o princípio da inegociabilidade política com os movimentos de luta armada que se desenvolveram sobretudo em Angola, Moçambique e na Guiné. O declínio político de Salazar acelerou-se rapidamente a partir de 1961 e coincide com o alastramento da guerra, a drenagem dos fundos públicos para o esforço bélico (cerca de 45% do Orçamento Geral do Estado) e o surto de emigração, em direção, sobretudo, à França e à Alemanha, além de um crescimento capitalista de controle muito mais difícil. O essencial de seu pensamento está consagrado nos Discursos e Notas Políticas (1935-1967, em seis volumes), escritos num estilo de alto recorte literário, pausado e persuasivo.

1 comentário:

legião 1143 disse...

apesar do esforço financeiro da guerra Portugal cresceu sempre e não existia o IVA , hoje com o dito IVA Portugal não cresce e deve cada vez mais , faça o trabalho para a nota mas tente que não lhe façam a cabeça com ideias toldadas de vermelho , Salazar foi um bom Português que muito fez por esta nação .