3.15.2012
Conceitos da Unidade 3 (2º periodo)
Época Medieval: uma das épocas em que tradicionalmente
se divide a História. Tem a duração de cerca de 1000 anos, sendo, normalmente,
tomados como limites a destituição do último imperador romano do Ocidente, em
476, e a conquista de Constantinopla pelos Turcos, em 1453. Embora num período
tão longo as mutações históricas tenham sido muitas, a Idade Média
identifica-se, geralmente, com a sociedade senhorial e vassálica que se formou,
no Ocidente, após o século IX e tem como principal emblema o castelo.
Arte Gotica: estilo artístico nascido no Norte de França, que se expandiu pela
Europa entre os séculos XII a XV, e se ligou principalmente à construção de
catedrais. Caracteriza-se pelo arco ogival como elemento estrutural e decorativo
e por uma estética simultaneamente religiosa e natturalista, assente na
verticalidade e na luminosidade.
Confrari: associação voluntária de paroquianos, com fins religiosos (culto a um
santo patrono) e de entreajuda e caridade mútuas.
Corporação: associação de pessoas que exercem a mesma profissão, para defenderem
os seus interresses. Além da proteção dos seus membros, visavam a formação
profissional e a qualidade do trabalho e evitavam a concorrência mútua,
tabelando preços e salários.
Universidade: etimologicamente deriva de Studium Universale ou Universitas.
Escolas de ensino superior fundadas na Idade Média, que podiam ser frequentadas
por todos os estudantes que o desejassem, leigos e clérigos, nacionais e
estrangeiros. Organizavam-se em corporações (de mestres ou de alunos) e
dividiam-se em faculdades.
Cultura erudita: conhecimento letrado adquirido por estudo e reflexão dostextos,
sobretudo dos autores clássicos (Platão, Aristóteles...), mas também dos Árabes
e da Igreja Cristã.
Cultura popular: conjunto de manifestações culturais
desenvolvidas entre as classes populares. Na época em estudos, os seus centros
difusores foram as festas e romarias e os seus principais agentes os jograis.
Unidade 2 (2º periodo)
avanços e recuos, que se desenvolveu na Península Ibérica, do século VIII ao
século XV. No início, as investidas pelos guerreiros cristãos tiveram como
finalidade a ocupação de territórios e a captação de bens da civilização urbana
e mercantil. A partir dos finais do século IX foi guiada pela ideia de que os
monarcas cristãos das Astúrias eram os descendentes e herdeiros dos reis
visigodos, que passavam a recuperar, pela Reconquista, os territórios que
legitimamente lhes pertenciam. Nos séculos XII e XIII, a guerra de Reconquista é
reconhecida pelo papado como guerra de Cruzada. Inseria-se na luta da
cristandade contra o Islão, obtendo os guerreiros peninsulares o auxílio dos
cruzados que se dirigiam para oriente e as indulgências inerentes à Cruzada.
Península Ibérica para designar o conjunto dos moradores de uma área que gozava,
perante os senhores ou o soberano, de uma situação mais ou menos autónoma,
possuindo magistrados e administração própria.
zonas rurais. As comunidades rurais tinham menos direitos e privilégios e os
seus forais, por vezes, pouco mais estabeleciam que os tributos devidos ao rei
ou ao senhor, pelo que eram as vilas e cidades onde se exerciam com maior
independência os poderes concelhios.
pedreiros, tanoeiros, carpiteiros, preparadores de pele... Também os pescadores
e os almocreves pertenciam a esta categoria social. Em Portugal, sobretudo
durante o século XIII, muitas das atividades artesanais eram asseguradas por
minorias étnicas. Foram sobretudo os Mouros que, depois de terminada a
Reconquista, asseguraram os trabalhos em couro, cerâmica e ourivesaria. Por
isso, os mesteirais, muitas vezes, não eram homens livres, pertencendo à
categoria dos dependentes ou dos escravos, e a organização dos mesteirais como
grupo social foi tardia.
isentos. Inicialmente restrita ao domínio fiscal, a imunidade alargou-se depois
a outros direitos, como o de não responder perante a justiça comum, ou de não
receber os juízes e outros funcionários do poder central nos seus domínios, o
que naturalmente implicou autorização para a criação de tribunais e serviços
administrativos privados, bem como o aparecimento de exércitos pessoais.
recíproca, que une um vassalo (homem livre de linhagem inferior) a um poderoso
que, por sua vez, se torna seu senhor. Esse vínculo efetiva-se através do
contrato vassálico ou de vassalagem.
seu poder como suserano dos suseranos, não se distinguindo a autoridadepolítica
ou pública do poder e autoridade privados.
monarca no exercício de funções governativas e de administração. No início da
monarquia era composta pela família real e representantes dos estratos
privilegiados: ricos-homens, prelados, clérigos... Com o processo centralizador,
a governação apoia-se crescentemente na escrita e no saber jurídico; integram
então a cúria alguns titulares que tinham a confiança do rei e preparação
técnica para o exercício de determinadas funções.
ou Conselho Régio. Nelas, o rei reunia com os representantes das ordens sociais
(a nobreza e o clero), ligadas ao rei por obrigação de conselho (dever
vassálico). A partir do século XIII (1254) participaram igualmente os
representantes populares eleitos pelos conselhos. Eram convocadas pelo rei, para
que este recolhesse os pareceres sobre determinadas questões de carácter coletivo.
outras pessoas de confiança, enviados pelos reis às várias regiões do país, a
fim de averiguarem, judicialmente, a natureza das diversas propriedades, dos
direitos senhoriais e dos padroados das igrejas e mosteiros.
romano e defendia o princípio superior do interesse público, de que o rei era o
representante, como forma de fortalecimento do poderreal. Em Portugal
destacou-se Julião Pais, que terá estudado em Bolonha e aí tomado contacto com
as novas teorias jurídico-políticas. A sua ação foi continuada pelo discípulo
Gonçalo Mendes, coadjuvado por outros juristas, como mestre Vicente (conhecido
ne Europa como Vicente Hispano), que tinham estudado e ensinado em Bolonha.
Conceitos da Unidade 1 (2º periodo)
eram unidades territoriais, sob a chefia de um rei, que agregavam pequenas unidades regionais.