2.01.2010

Algumas das missões de emergência da AMI


MISSÃO DE EMERGÊNCIA - JANEIRO 2010
25 de Janeiro 2010
A equipa logística portuguesa montou ontem as primeiras 11 tendas. Perto de 220 pessoas dormiram a primeira noite no campo “Parc Colofer Delmas 33”, situado a pouco mais de meia-hora do aeroporto de Port-au-Prince. Já na manhã de hoje foram concluídos os trabalhos sendo a partir de agora possível acolher as 615 pessoas previstas. A AMI vai ficar responsável pelo campo de desalojados montado pela Protecção Civil Portuguesa, após a partida na próxima sexta-feira das demais equipas portuguesas (Autoridade Nacional da Protecção Civil, INEM, Força Especial de Bombeiros e Instituto de Medicina Legal).
A AMI assumiu a responsabilidade da assistência à população residente no campo, em colaboração, numa primeira fase e no que toca a abastecimento em água e alimentos, com a ONG Islamic Relief Service.
22 de Janeiro de 2010
A missão de emergência da AMI alarga a partir de hoje a área de assistência médica no Haiti, passando a trabalhar em dois locais simultaneamente. Para além do hospital montado pela Universidade de Miami no perímetro do aeroporto, parte da equipa médica encontra-se a trabalhar no Hospital do Sagrado Coração em Port-au-Prince, dando perto de 150 consultas por dia.
21 de Janeiro de 2010
A partida da equipa da AMI rumo a Port-au-Prince foi cancelada por restrições de acesso ao aeroporto do Haiti comunicadas pela equipa de emergência da AMI no local.
20 de Janeiro de 2010
O sismo com magnitude de 6,1 que abalou hoje, pelas 11h03, a capital haitiana agravou o estado de ansiedade vivido pela população traumatizada de Port-au-Prince. A equipa no terreno sentiu o abalo, mas não alterou a rotina de trabalhos de assistência médica no hospital de campanha montado pela Universidade de Miami.
Nas próximas 24 horas a AMI vai reforçar a equipa de emergência no Haiti com mais dois elementos. Partirá de Lisboa um logístico e um coordenador de projectos para optimizar a operacionalidade da equipa médica e assegurar a ligação com organismos internacionais, locais e ONGs no terreno. Aumentará assim para nove o número de elementos da AMI a prestar ajuda humanitária em Port-au-Prince.
19 de Janeiro de 2010
A equipa de ajuda humanitária portuguesa, liderada pela Protecção Civil, aceitou colaborar no hospital de campanha montado pela Universidade de Miami junto às instalações da ONU, em Port-au-Prince. A decisão veio no seguimento de uma reunião entre os parceiros no terreno, na qual foi manifestado pela equipe de cirurgia do hospital a necessidade de médicos e enfermeiros.
A equipa médica da AMI, juntamente com INEM e Protecção Civil, vai assim iniciar as primeiras consultas e trabalhos de assistência humanitária no Haiti.
Elementos da AMI, INEM e Protecção Civil visitaram ontem um hospital na capital haitiana.
No que diz respeito à situação humanitária em Port-au-Prince, dos morros que circundam a cidade e onde se aglomera em favelas grande parte da população mais pobre, felizmente poucos foram atingidos pelo terramoto. Excepto alguns casos como a colina onde se situa o Hotel Montana que ruiu.
Relativamente à campanha de ajuda ao Haiti iniciada pela AMI no dia14 de Janeiro, já foram contabilizados cerca de 190 mil euros. Registe-se também que já foram dispensados 45 mil euros para a missão, prevendo-se um custo inicial de 100 mil no primeiro mês de trabalhos. A AMI alargará o projecto no Haiti dependendo dos apoios que vier a receber.
18 de Janeiro de 2010
Os cinco elementos (dois médicos, dois enfermeiros e um logístico) chegaram hoje de madrugada a Port-au-Prince a bordo C-130 da Força Aérea Portuguesa.
Numa primeira fase, o grupo liderado por José Luís Nobre, juntamente com a restante ajuda humanitária portuguesa, aguarda instruções para o local onde irá ser montado o acampamento onde irá efectuar assistência médica, de forma a, o mais depressa possível, começar a trabalhar nas primeiras consultas e tratamentos médicos.
À chegada à Port-au-Prince, o grupo de emergência tinha à sua espera a equipa exploratória da AMI que partira de Lisboa na quinta-feira via República Dominicana. O encontro emotivo das duas equipas da AMI deu-se no acampamento anexo ao aeroporto haitiano. No meio de centenas de tendas e material logístico, a permanência da equipa em Lisboa serviu de ponte para o reencontro, já que as comunicações dentro do país eram impossíveis.
Digno de registo foi o excelente trabalho de coordenação entre os vários actores portugueses. A equipa conseguiu ainda, com o apoio da representante honorário de Portugal no Haiti, identificar um hospital para desenvolvimento de trabalhos de assistência médica.
16 de Janeiro
Finalmente a continuação da viagem. É difícil ter que ultrapassar tantos obstáculos, quando a única coisa que queremos é chegar e começar a trabalhar. Mas a força que move equipas como as da AMI não esmorece.
15 de Janeiro de 2010
Uma segunda equipa de 5 elementos partiu de Lisboa a bordo do C130 da Força Aérea e na bagagem levou já medicamentos, equipamento médico e logístico para prestar ajuda assim que chegar ao terreno. Seguiu-se a frustração de ter de regressar a Portugal por avaria técnica do avião.
14 de Janeiro de 2010
Tânia Barbosa (Directora do Departamento Internacional) e Marta Andrade (Coordenadora de Projectos) partem para o Haiti. Estes dois elementos da AMI levam 20 mil dólares que serão usados na aquisição de água, medicamentos, desinfectantes e necessidades logísticas.
A acção dos elementos da AMI no terreno passa numa primeira hora por avaliar as necessidades mais urgentes e coordenar acções de emergência com os parceiros locais para desenvolver uma ajuda humanitária concertada e mais eficaz.
A AMI conta já com o apoio da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e com a SIBS através do multibanco.
SETEMBRO 2009
CONTEXTO
Com cerca de milhões de habitantes numa área de 27.560Km2, é o país mais pobre da América e de todo o hemisfério ocidental. 80% da população vive abaixo do limiar da pobreza e cerca de 54% em pobreza extrema (com menos de 1 Usd / dia). Em 2006, apenas 58% da população tinha acesso a água potável e apenas 19% a saneamento básico em condições.
A agravar a situação está o facto de ser um país particularmente fustigado por catástrofes naturais. Só em 2008 foi atingido por 4 tempestades tropicais, que provocaram sérios danos nas habitações, nas vias de comunicação e no sector agrícola.
O Haiti depende fortemente da ajuda internacional e conta com a intervenção directa dos capacetes azuis das Nações Unidas (MINUSTAH) no terreno.
A MISSÃO
Face a este contexto, a AMI visitou no terreno algumas organizações locais, tendo dado os primeiros passos para o estabelecimento de duas parcerias, que consistirão no financiamento a projectos implementados por duas ONGs: a APROSIFA e a REFRAKA.
A organização APROSIFA gere um centro de saúde na capital Port-au-Prince, com polivalências ao nível da tuberculose, ginecologia e ainda um centro de recuperação nutricional. Em cenários de catástrofe, presta ainda ajuda de emergência às comunidades dos bairros de lata circundantes.
A ONG REFRAKA trabalha ao nível da formação de mulheres animadoras de rádio numa rede de rádios espalhadas por todo o país, bem como a produção directa de programas de rádio sobre temas como educação para a saúde, VIH/ Sida, prevenção de catástrofes, entre muitos outros.
Em Novembro 2009, a AMI aguarda a apresentação de projectos pelos o fim de iniciar o financiamento dos mesmos em 2010.